domingo, 9 de agosto de 2009
O Preconceito Nosso de Cada Dia
sábado, 20 de junho de 2009
Vagas Lembranças (e sua falta de utilidade)
domingo, 14 de junho de 2009
Ahmadinejad e a Ameaça
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Reflexões de segunda-feira chuvosa
Acho que é uma opinião mais ou menos geralizada - e subconscientemente internalizada - que clima nublado não combina com o Rio de Janeiro. Num dia como esse, fica bem claro o quanto tudo (e todo mundo) aqui é sensível à variação do clima... A dinâmica da cidade, a movimentação nas ruas, a interação das pessoas, a própria cor do ambiente, tudo, tudo fica diferente quando não está fazendo sol.
Dificilmente faz frio de verdade aqui. O que quer dizer que a falta de sol é, na maioria das vezes, sinônimo de chuva. E quase todo bom-humor - e já é bem difícil achar alguém de bom-humor numa segunda-feira - fica bastante afetado pelos respingos de marquises e guarda-chuvas alheios no caminho para o trabalho...
E toda vez que vejo a cidade assim me vem à mente a reflexão a respeito das coisas que nos acometem a todos, igual e inevitavelmente. Pode ser algo benéfico como essa chuva rala e insistente de inverno que cai hoje, ou uma grande catástrofe como as tempestades torrenciais que derrubam casas: por mais que os homens elaborem sistemas sociais pra se diferenciar uns dos outros (uns usam guarda-chuvas retráteis automáticos, outros tentam usar sobras de caixas de papelão para se proteger), há igualdades que nunca poderemos evitar.
Sol, chuva, Copas do Mundo, epidemias, Vida, morte. Enquanto nós nos ocupamos em demarcar e reafirmar nossas diferenças, a natureza faz o que pode para nos dar constantes provas de que somos todos iguais.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Epidemia de Mediocridade
É uma pena que as nossas novidades sejam sempre tão velhas, sejam sempre tão sem importância... E nossos medos?! É uma desgraça que sejam sempre os mesmos, que sejam sempre os mesmos velhos medos que não nos deixavam dormir. É triste saber que nossa liberdade é bem menos verdadeira que o tempo que nos consome, e que nossos amores - só eles são sempre novos - são tão menos que nossas frustrações.
É revoltante saber que mais nada nos agita, que nada mais nos comove, que dor nenhuma nos faz levantar do colchão de pregos sobre o qual nos acomodamos. É ridícula a nossa postura: somos uma geração de mulheres-macho criados por homens-fêmea, num mundo de pan-sexualidades que desenvolvemos pra posteriormente evitar.
Fugimos dos monstros que criamos! Dormimos de luz acesa e fazemos sexo de luz apagada... E somos nossos próprios heróis. É humilhante perceber que não entramos pra história, não fazemos filhos, não plantamos árvores, não escrevemos livros, não inventamos novas drogas, mas nos satisfazemos com nós mesmos, com a nossa própria mediocridade (por julgá-la inevitável).
E caímos num círculo vicioso de desespero e desânimo, desânimo e desespero, onde, confusos, nos resignamos a só sobreviver, até que a vida termine: respiro por obrigação, porque me convenceram que o direito à vida é indisponível e que os novos heróis nem precisam lutar, mas têm é que viver. Então, eis a nova sentença, a nossa neosecular condenação à morte: sobreviver.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Ver ou não ver...
Não vejo o mundo por meus próprios olhos: vejo-o através de olhos que, me convenceram, aprimorariam a minha própria visão deficiente. Vejo o mundo através de conceitos, de vontades, de impressões, de definições e de uma acuidade que não me são próprios. Vejo o mundo através de lentes.
Uso lentes para ver o mundo porque acreditei que este mundo é pra ser visto como todos (?) o vêem; o mundo embaçado - que é como ele é pra mim - não pode ser a realidade, foi o que me disseram. A minha realidade não é minha.
Estou ressentido com a Verdade. A Verdade, em si mesma, é uma mentira. Ou uma fantasia, talvez. Não importa: não estou totalmente convencido de que a Inocência seja menos nociva que a Falsidade. E a Verdade é sempre uma ou outra, disfarçada.
Estou rejeitando este mundo. Esta visão. Esta Verdade.
Quero novos olhos. Ou os antigos. Mas os quero MEUS. Legitimamente meus. Quero uma visão que seja legítima e naturalmente minha, sem a predeterminação de outras visões. Quero escrever pra ninguém mais ler. Quero ver pra não contar pra ninguém - não por não poder, mas simplesmente por não precisar.
Quero ver um mundo convincente. Quero ver por mim mesmo. Quero acreditar.
domingo, 24 de maio de 2009
Nietzche à palmatória
De alguma forma, deve ter uma obstrução arterial impedindo que todo o pouco que eu sei chegue perto do meu coração...
Meu cérebro pede ausência de vontade. Meu coração, estúpido, não entende e bate numa vontade cada vez mais intensa, cada vez mais urgente, mas sem objeto.
E, como eu mesmo mal-interpreto minhas mensagens, vou gradativamente perdendo as esperanças de que alguém um dia me entenda.
Droga de pseudo-inteligência inútil!